domingo, 21 de setembro de 2014

A morte aos olhos das crianças








Como lidar com a perda de um ente querido sem traumatizar os mais novos

Os adultos são a base do equilíbrio das crianças quando morre alguém que lhes é querido.

Saiba, por isso, como deve proceder numa situação tão difícil como esta.

Explicar a uma criança ou adolescente que nunca mais poderá voltar a ver e a estar com uma pessoa que lhe é querida pode ser um dos desafios mais difíceis de enfrentar para um adulto.

A situação complica-se se o nível de afetividade e de proximidade for muito elevado. No entanto, o suporte afetivo e a serenidade dos familiares mais próximos ou amigos são os pilares imprescindíveis para ajudar as crianças a ultrapassar o luto. Com a ajuda de dois especialistas em comportamento e saúde infantil, veja como servir de exemplo num momento tão duro como a morte.

Enfrentar a verdade

Convictos de que ajudam as crianças a lidar com a perda eterna de um familiar ou amigo próximo se lhes ocultarem a verdade, muitos adultos optam por fantasiar a ideia da morte aos mais novos. Uma opção errada, na opinião dos especialistas, que defendem o confronto com a verdade. 

Como sugere a psicóloga especializada em desenvolvimento infantil Lidia Weber, «quando comunicar que alguém morreu, diga à criança o que sente e procure não lhe esconder as suas emoções. Ocultar sentimentos e manifestações de dor pode levar a criança a desvalorizar a própria morte».

«É através da observação do que os adultos sentem ou pensam a respeito da morte que a criança compreenderá o seu significado», explica a especialista.

Evite fantasiar

Criar metáforas para explicar a perda de alguém pode despoletar receios e sentimentos errados. «As figuras de estilo, tais como ele viajou, foi para o céu, está a dormir para sempre, só confundem a criança, pois ela pode interpretar à letra o que lhe é dito e começar a ter medo de que uma pessoa, quando vai viajar, dormir ou descansar, possa morrer.

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