A sua importância para o desenvolvimento das crianças
Sabe-se hoje que a prática de ioga e meditação oferece inúmeros benefícios à saúde física e mental, sendo que as suas mais-valias não se fazem sentir apenas na idade adulta.
Também na infância ajuda, por exemplo, a potenciar o rendimento escolar ou a autoestima da criança.
Não espanta pois que algumas escolas norte-americanas e britânicas já tenham previsto a prática de dez minutos de meditação logo pela manhã, como meio de preparação dos mais pequenos para assimilar informação, e outros dez minutos ao final do dia.
Para saber mais sobre os efeitos destas modalidades, que promovem o bem-estar das crianças e as ajudam a ver o mundo de forma mais alegre e positiva, leia os conselhos de duas especialistas nesta área.
O poder do yoga
Numa sociedade em que as crianças estão constantemente ocupadas com a televisão, a internet e todo o tipo de brinquedos, torna-se mais difícil usufruir de paz e bem-estar interior. Rosa Xufre Banastrinha, professora de yoga para crianças, aponta esta atividade como «essencial para que conheçam bem o seu corpo, saibam respirar melhor, aprendam a concentrar-se e a gerir a sua energia corretamente».
O yoga envolve um princípio holístico, «trabalhando» a criança a nível global, desde o seu campo emocional até o energético e artístico. «É uma filosofia antiga com respostas saudáveis e simples que ajudam a viver o dia a dia de forma estável a nível mental e em harmonia com os outros e o planeta», acrescenta. Como tal, é indissociável das técnicas de relaxamento que promovem a concentração.
Aprender a meditar
Apesar de parecer tarefa difícil manter uma criança imóvel durante cinco ou dez minutos, é prática comum do relaxamento ensiná-la a saber isolar-se na sua própria «bolha de silêncio» e levá-la a focalizar a consciência num ponto de concentração. As vantagens que podem decorrer destes momentos são explicadas por Patrícia Almeida, especialista em meditação para crianças:
«Ajuda-as a desenvolver a concentração, a sua própria segurança, a autoestima, ensina-as a ouvir a voz interior e a entrar mais em contacto com elas mesmas de forma a terem noção do que realmente querem e gostam para depois fazerem escolhas consoante o que é a verdade para elas».
Esta atividade vai refletir-se noutros campos da vida como a escola e a relação familiar. «Há menos discussões entre colegas, mais entendimento, melhores resultados e ainda outra abertura para comunicar com os pais», conta.
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