domingo, 31 de agosto de 2014

Benefícios dos animais de estimação para as crianças



Quem tem animal de estimação sabe a diferença que a presença dele pode trazer ao ambiente. Os peludos acabam se tornando membro da família e são inúmeros os benefícios que podem trazer. Mas, e quando o assunto envolve o convívio com crianças, será que os animais continuam sendo uma boa companhia?

A importância de ter um irmão







Seja biológico, adotivo, gémeo ou até o amigo que é quase irmão, não importa. O que é importante é incentivar a cumplicidade entre eles.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Complexo de Édipo







O complexo de Édipo foi identificado pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud, no decorrer de uma das fases do nosso desenvolvimento psicossexual. Está-se a falar da fase fálica que acontece por volta dos 3 anos e em que se forma aidentidade masculina. É a fase do início da excitação sexual, na qual a criança centra o seu prazer na estimulação daszonas genitais do seu corpo, ou seja, nesta caso no órgão sexual masculino.Ele acreditava que todas as crianças sofriam um conflito interior quase totalmente inconsciente: o desejo de possuir o elemento do sexo oposto e,simultaneamente, a vontade de eliminar o rival do mesmo sexo, por quem experimenta sentimentos ambivalentes de amor e ódio.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Apaixonada pelo papá...






Por volta dos 3 ou 4 anos de idade as crianças sentem preferências relativamente a um dos progenitores. A mãe que representa um papel primordial e principal desde o nascimento e durante os dois primeiros anos de vida passa a representar um papel secundário na vida da filha. O mesmo acontece em relação aos meninos dessa mesma idade que preferem a mãe em vez do pai. Bom no caso das meninas existe um afastamento da mãe e uma inclinação para o pai. No caso dos meninos continuam sempre muito agarrados á mãe.

Aprenda a viver com as birras, elas são saudáveis







As birras nas crianças são comuns, necessárias e até salutares. Muito mais do que um constante medir de forças com os pais, a birra é uma necessidade fisiológica, explica Mário Cordeiro no “Grande Livro dos Medos e das Birras”, da Esfera dos Livros.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Regresso às Aulas LaRedoute

 LaRedoute Regresso às Aulas

Aproxima-se o Regresso às Aulas para os mais novos! É verdade, estão a chegar ao fim as férias e é hora de encarar novos desafios. Para os filhos, um novo ano escolar, para alguns novos colegas e nova escola, para outros o regresso à rotina. Para os pais, o desafio de garantir que os mais pequenos têm tudo o que precisam para enfrentar o ano, desde os livros ao material escolar, sem nunca esquecer a roupa!

Confira clicando na imagem.

Brinca com os seus filhos?





Saiba porque o deve (mesmo) fazer


Segundo os especialistas, brincar em família torna as crianças mais felizes, imaginativas e tolerantes. Embora bastem cinco a quinze minutos diários, 90% dos pais e 81% das mães dedicam pouco tempo a esta atividade.

Se quiser melhorar o tempo que passa em família, esteja atento às dicas que se seguem:

Ideias para brincar de 1 aos 2 anos





O mundo descobre-se a brincar. Aqui ficam algumas dicas para mergulhar no mundo de fantasia.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ideias para brincar dos 0 aos 12 meses



O mundo descobre-se a brincar. Aqui ficam algumas dicas para mergulhar no mundo de fantasia.








O que fazer:


• Olhar o bebé nos olhos e ter uma conversa animada com ele, respeitando-o nos seus momentos de resposta, nem que seja com os olhinhos.

Como disciplinar com afeto






Especialistas explicam como lidar com um dos pontos mais controversos na educação de uma criança, a disciplina


Está na fila do supermercado e o seu filho atira-se para o chão a gritar porque quer um chocolate?

São horas de ir dormir, mas ele continua a brincar como se nada fosse? 

Nunca diga ao seu filho...






Conheça as frases e as palavras proibidas


O medo do abandono é um dos grandes terrores das crianças desta idade. Existem frases que só vêm agravar este receio:

domingo, 24 de agosto de 2014

Folheto Regresso às Aulas Staples


Conheça o novo folheto do Staples para o Regresso às Aulas do seu filho.
Para ver o folheto clique na imagem:


Excerto de entrevista a Eduardo Sá


É possível ensinar as pessoas a serem bons pais?

É. Os pais precisam de falar pelos filhos: eles sabem muito bem que quem nos ama diz-nos por atos (e por omissões) qualquer coisa como: “sente-me em ti, pensa por mim e fala por nós”. E, de facto, os pais às vezes sentem, pensam, mas não falam. Não falam nem por eles, nem pelos filhos. Ensinar pode fazer-se de maneira divertida, pode significar dizermos aos pais que estão obrigados a dar uma hora por dia aos filhos. Uma hora de mãe ou uma hora de pai, faz muito melhor do que o óleo de fígado de bacalhau para as crianças crescerem. E é necessário dizer aos pais que têm fazer, pelo menos, uma asneira de oito em oito horas. Os pais que não fazem asneiras não são bons pais.

Eduardo Sá

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Regresso à Escola - Toys R Us


Novo folheto de promoções das lojas Toys’r’us!

Descrição: A Toys’r’us lança folheto dedicado ao regresso às aulas onde encontras tudo para dares início a esta época tão importante para as crianças. Não esperes mais e espreita este folheto especial, faz as tuas escolhas para depois visitares a loja Toysrus mais próxima de ti!

Período Promocional: de 21 de Agosto a 17 de Setembro

Folhetos de Promoções:
.: folheto toysrus online
.: folheto toysrus pdf

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pais maus


Deus abençoe os pais maus!

Um dia, quando os meus filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva um pai, hei-de dizer-lhes:

Livros recomendados pelo plano nacional de leitura

Livros dos 3 aos 5 anos de idade




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Promoção toalhitas no Continente


Higiene do bebé


Não perca esta promoção de toalhitas para o seu bebé, válida até 25 de Agosto

Alimentação

Como lidar com uma criança difícil para comer




Como saber se há algum problema sério na alimentação?

Converse com o pediatra nas consultas de rotina e procure tirar todas as suas dúvidas se estiver preocupada com a alimentação do seu filho. Na maior parte dos casos, ajustes no tipo de comida que ele consome, assim como na rotina de alimentação da família, resolvem. Seletividade ao comer é bastante comum entre crianças pequenas, assim como birras.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Desenvolvimento da linguagem infantil








A evolução da linguagem da criança é um processo gradual e não é igual para todas. Fique a conhecer aqui os processos e etapas desta aprendizagem.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A importância da musica no desenvolvimento da criança





Vários estudos confirmam a importância que a música tem para o bem estar do bebê, desde quando ele ainda é um feto e está no ventre da mãe. A música traz tranqüilidade para a mãe e para o bebê, introduzindo-o na sensibilização aos sons, desde muito cedo.

Castigar ou não a criança?




Castigar ou não os filhos é uma pergunta que sempre passa pela cabeça dos pais na hora da educação. Porém, alguns pais não conseguem discernir o “educar para aprender” do “educar sob angústia”, quando a criança passa a ter pequenos traumas com os maus ensinamentos de seus criadores. Saiba mais!

Mário Cordeiro


«Se não os frustrarmos vão ficar detestáveis»





Os pais de hoje são melhores, iguais ou piores pais do que os seus pais?


São diferentes. São diferentes como pessoas, dado o percurso de vida diferente que tiveram em relação aos pais e avós, sobretudo num país que teve uma transição social muito rápida; são diferentes as famílias, na sua composição e estrutura; é diferente a sociedade, seja na tecnologia, seja nos estilos de vida, transportes, horários, trabalhos e regras e premissas sociais. A vida da mulher e do homem alterou-se muito, bem como os aspectos relacionais dessa vida. Uma coisa é certa: são os melhores pais que os filhos podem ter, e isso é que interessa. Não se podem comparar coisas que são incomparáveis, passe o pleonasmo.

Como reage àquela ideia, que tanta gente repete, de que em criança é que se é feliz...

As crianças são felizes, embora a infância não seja um universo cor-de-rosa, mas sim um quadro que começa em tons bem negros e ao qual poderemos adicionar cores, entre as quais a cor-de-rosa, bem como alguns (muitos) arco-íris. Mas para ter arco-íris é necessário ter sol mas também chuva. Há crianças mais felizes e outras menos felizes, e ainda há, felizmente, uma minoria muito infeliz, mas porventura menos do que anteriormente, embora careçamos de dados epidemiológicos para sustentar uma afirmação destas, que pertence mais ao domínio das convicções.

Os pais, sobretudo as mães, falam muito da 'culpa' que os persegue?

Muito, mas é preciso desfazer esse mito da super-mulher, e a culpabilização das mães por trabalharem. As mães sempre trabalharam, e não apenas em casa ou no meio rural: há 100 anos, mais de um terço das mulheres trabalhava em fábricas, vendas, etc. Chega de culpa, essa odiosa herança da nossa moral judaico-cristã. É preciso responsabilização, mas não culpabilização, porque esta, além de injusta, vitimiza e paralisa.

O maior drama dos pais de hoje é a falta de tempo?

Não digo que os dias tenham 48 horas ou que uma vida pessoal plena não contemple muitos universos que não apenas o prestar cuidados aos filhos, mas sendo o tempo um bem finito e escasso, há que o valorizar como precioso e usá-lo bem. E fazer ver aos nossos filhos que quando nos vêem, depois de um dia inteiro de ausência, estão 'famintos' de pais, que eles são a nossa prioridade. O que não quer dizer que sejam o nosso único destino ou que tenham espaço para libertar a sua omnipotência narcísica e egoísta. Mas a nossa prioridade, são.

É possível 'tempo de qualidade' sem tempo de facto?

Claro que há que ter um mínimo de tempo e aí entra outra coisa: opções. Cada um deve estudar, com critério, quais as prioridades e não pensar que são deuses e que podem fazer tudo. Não podem. Ter filhos levará a que muitas outras coisas terão de ser postas um pouco à margem, designadamente a cegueira pelas «car-reiras» e pelo trabalho. E, note, não tem nada a ver com o trabalho enquanto necessidade de vida, mas com o culto desse trabalho como Ente supremo nas nossas vidas.

De que forma é que o Estado, nós todos, podíamos ajudar os pais a ter uma vida mais fácil?

A maneira como uma sociedade trata as crianças (e os seus cuidadores) diz bem do grau de civilização dessa sociedade. E por muita UE que sejamos e modelo nórdico que ambicionemos (nos discursos), estamos a milhas desses horizontes e não se vê vontade política, nem sequer para debater o assunto. E não é com cheques-bebés e outras coisas no género, ou a beijar criancinhas em campanha eleitoral. É com medidas que apoiem a maternidade e a paternidade (como algumas das tomadas quando do nascimento) e com a intolerância perante abusos cometidos pelos empregadores. Por outro lado, o Estado não se deve substituir às pessoas e os pais, que têm de ter coragem para aproveitar a Lei sem reservas. Infelizmente, muitos pais não querem ter a 'maçada' de estar com os filhos.

Tenho ouvido pediatras e psicólogos dizer que a tolerância dos pais à dor e à frustração dos filhos é excessivamente baixa. Sente que é assim?

Quando os pais não são capazes de ser pais, só causam insegurança. A vida faz-se de coisas boas e outras menos boas, que valorizam as boas.

O que acontece quando não somos capazes de os frustrar?

A baixa tolerância à frustração é um passo para criar pessoas narcísicas, birrentas, omnipotentes, numa palavra, detestáveis e que são um autêntico cancro social e relacional. Não se pode ter 'tudo já', nem sequer 'tudo'. É bom que os pais ensinem a frustração e como ter planos B que a menorizem, caso contrário teremos crises sucessivas de ganância de humanos que se acham deuses e podem ter tudo o que querem, só por terem um cartãozinho de crédito.

Imagine-se num parque infantil. Uma frase: 'Não consigo fazer nada dele', enquanto o menino arranca o balde da mão de outra criança, ou dá pontapés na própria mãe...

O menino arranca o balde, devolve o balde e pede desculpa. O menino dá um pontapé na mãe e vai de castigo. Tão simples como isso. Tudo o resto é fantasia de pessoas mal resolvidas e com medo da censura social. Quando uma criança faz uma birra em público, quem fica mal vista é ela, ou os pais que nada fizerem. Os pais que actuam como deve ser só ficam bem no retrato.

Ainda outro comentário: «O meu filho foi fazer testes para ver se 'entra' no jardim-de-infância» (desta ou daquela escola, normalmente bem cotada). Como sente uma criança este exame de admissão, sobretudo se não entrar? Começa a vida já como um falhado?

Testes para o jardim-de-infância? Mas estará tudo doido? Nem comento, mas gente parva sempre houve, não é necessariamente de agora, e esses testes têm a ver, muitas vezes, com começarem-se a formar «cavalos de corrida» para ocuparem no futuro lugares de relevo. Muitas escolas particulares são 'braços armados' de estratégias de grupos económicos, religiosos e outros. Bem-haja a escola pública!

A outra frase que vai ouvir de certeza é «o meu filho é alérgico». Há mais alergias de facto, são mais diagnosticados, ou é quase um rótulo que justifica os medos dos pais perante o desconhecido?

Há mais alergias e reacções similares, decorrentes da degradação ambiental que não vemos, mas que existe… e que o nosso corpo sente. Não tem a ver com a alimentação, exclusivamente, até porque nunca circularam produtos de tão boa qualidade no espaço europeu, mas sim com a poluição, os escapes automóveis, a retenção dos pólenes nas cidades por acção da poluição e do calor urbano, etc. O ambiente mudou, mas o nosso organismo é o mesmo de há milhares de anos e não se adapta geneticamente de um dia para o outro.

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Ingredientes para uma criança feliz

1 - Amor - Dar e receber, mas de forma explícita, não apenas intencional ou conceptual. Conselho: habituem--se a pedir aos vossos filhos para dizerem duas coisas que correram bem nesse dia e duas que correram menos bem. Falem sobre elas.

2 - Educação - Regras, firmeza afectiva, limites, instrução, cultura. Conselho: Não pensem que os meninos mal-educados que vêem foram atingidos por um qualquer raio cósmico. São o resultado de anos e anos de 'má-educação'.

3 - Lazer, desporto, actividades artísticas, espaços amplos de liberdade. Não esquecer que os pais são os modelos principais para as crianças. Se fica no sofá, não se admire...

4 - Debate de ideias, ética, noções filosóficas desde muito cedo, capacidade de argumentação, coerência e consistência na defesa daquilo em que se acredita.

5 - Ler, ouvir música, escrever, fantasiar, criar, amar. Diferente de estar sempre a impor actividades...

Destak

Quando nasce um irmão...






Cada criança é uma pessoa e um caso diferente, único e particular. Cada idade tem as suas particularidades, pelo que é complicado prever o que vai acontecer quando nasce um irmão.


A comunicação invisível pré-natal


Antes mesmo de o bebé nascer, comunica com os irmãos, da forma “invisível”, sem ser por linguagem expressa, como as pessoas íntimas comunicam entre si.


A partir de cerca das 34 semanas, é normal os irmãos começarem a revelar instabilidade, excitação e tentativas de regressão (ocupação do espaço anterior, para que o bebé novo “bata com o nariz na porta”, manifestada por voltar a querer chupetas ou biberão, dormir na cama dos pais, querer sentar-se na cadeirinha de transporte, vestir as roupas destinadas ao bebé, acordar mais vezes, ter períodos de choro). Algumas vezes surge somatização dessa instabilidade, com sintomas de doença (dores de cabeça ou de barriga, e até mesmo febre).


Ir ou não à maternidade


É discutível se uma criança deve ou não ir à maternidade onde a mãe e o pai, estão. Cada família decidirá por si, e dependendo da idade da criança, do tempo que a mãe ficará na maternidade, dos apoios que se possam ter fora e de muitas outras coisas. Poderá haver algum conflito de interesse entre os dos vários membros da família: mãe, pai, filho. Pensar prioritariamente no da criança será o melhor, dado ser o membro mais vulnerável:


numa altura em que só a verdade conta e que a criança está com receio de ser trocada ou abandonada, ela estará atenta aos pormenores, porque é neles “que o diabo se esconde”. Andará, por isso, a ver se os pais falam a verdade ou não, e ir visitar um hospital, mesmo que se chama maternidade (pública ou privada, tanto faz – as luzes são sempre “de hospital”, as batas brancas e o soro com agulha...), onde a criança sabe que vão os doentes, e dizer que a mãe não está doente é algo de absurdo. Das duas, uma. Ou algo está errado no local, e coitada da mãe – e a criança sofrerá por isso - ou estão-lhe a mentir e a mãe está mesmo doente. E se não lhe querem dizer a verdade, então provavelmente vão mentir sobre muitas outras coisas, ou será que a mãe adoeceu por alguma coisa que ela, criança, fez? Ou será que é o mano que já está a causar a doença da mãe mesmo antes de ter nascido?
ver o bebé ao lado da mãe, designadamente a mamar, pode ser complicado porque detecta, em todos os movimentos e expressão da mãe, a paixão desta pelo bebé. Será também assim em casa, mas num ambiente externo, que não compreende totalmente e em que a sua presença é limitada, o choque pode ser maior;
mesmo que, durante a visita, tudo possa até correr bem, com o novo mano a um canto, sem ocupar demasiado espaço na relação, há um momento “fatal”, em que, sabe-se lá porquê (nem nós adultos, percebemos muito bem), a mãe “farta-se da criança e a expulsa do quarto”, e o pai “colabora arrancando-a da mãe e levando-a para longe”, deixando a mãe sozinha com o bebé, ou seja, para a criança a opção foi feita e o momento seguinte será apenas saber onde a abandonarão;
se o internamento for curto – como na esmagadora dos casos, mesmo com cesariana -, creio ser preferível deixar a criança com avós ou tios, com quem ela esteja bem habituada, para um “programão” enquanto os pais “vão ali ter um bebé”;

Um aspecto a considerar é que os pais, no nascimento, devem viver uma enorme intimidade com o bebé que nasceu, pelo que a presença dos outros filhos pode ser uma intrusão nessa intimidade, já de si tão alterada e tão curta. O bebé recém-nascido “merece” um tempo de paixão só para si…


O regresso


No regresso a casa é indispensável que a criança (e o animal que existe dentro dela) não veja o seu território subitamente invadido pela entrada de outro animal. Assim, é bom que a criança vá buscar o mano (ou mana!) à maternidade ou ao carro, tenha tempo para o olhar, com calma, e depois que seja ela a abrir a porta e a introduzi-lo em casa. Será um momento histórico que não é modificável. Para todos os efeitos, foi ela que o introduziu naquele território. E, mesmo cansados, os pais devem pedir-lhe se “mostra a casa ao mano, diz onde é a caminha dele, o teu quarto, a sala”. É bom que seja ela a mostrar ao novo animal que entra, os cantos à casa e as idiossincrasias do território, designadamente o seu quarto, no qual o recém-chegado não entra. Mais do que pensarmos no que ela vai pensar por ver o bebé a dormir com os pais, devemos dizer-lhe que é uma privilegiada em ter o seu “gabinete”, ao qual o dito “estagiário” não tem acesso.


Os presentes

Uma caneta dourada (porque de ouro já não se oferecem...) significa: “meu caro, gostei muito do seu trabalho, mas agora já pode ir pensando em esvaziar as suas gavetas porque o papel da reforma compulsiva já está assinado”.

Porque razão então os pais haveriam de dar algum presente à criança? Não é Natal, não faz anos. Para a compensar? De quê? Acaso a expoliaram de alguma coisa? Não se esqueçam que estão a lidar com uma pessoa terrivelmente desconfiada e que teme ser abandonada.

Pelo contrário, o mano trazer um presente faz todo o sentido. Até porque é normal quem vem de viagem, como é o caso do bebé, trazer alguma coisa para os que ficaram. Além de ser lógico tem outra vantagem: o bebé não pode ser má pessoa, pois até trouxe um presente e – incrível! – escolheu exactamente aquilo que ela queria. Como é que adivinhou? Não escolheu uma coisa ao acaso, o que significa um acréscimo de afecto e de carinho.

As visitas

As visitas sociais são indesejáveis e contraproducentes, excepção feita a uma ou duas “fadas madrinhas”, não intrusivas, que ajudam discretamente, sem se dar por elas. Um ambiente de grande agitação vai provocar insegurança na criança, dado que é difícil alguém consciencializar-se que as coisas pouco se alteraram quando a confusão é reinante e as conversas díspares e, sobretudo, centradas no irmão, para além do “leilão” que podem representar: “quem vai levar a criança, já que naquela casa entrou um modelo mais recente?”. Já nem falo no massacre que é, para os pais, aturarem as visitas.


Mas afinal o que representa um bebé?


Quando nasce um irmão, sobretudo para uma criança de 2-5 anos, o bebé representa muita coisa, e conforme a ocasião, o contexto e os sentimentos.

Pensaram que tinham tido um bebé? Não. Muitas outras personagens entraram lá em casa, entre as quais:

um irmão – ou seja, alguém por quem a criança tem sentimentos ambivalentes. A comunicação invisível faz com que se estabeleçam laços intensos e únicos (as relações fraternais não são comparáveis com nenhumas outras) de amizade e vontade de defender como um bem precioso, mesmo que com momentos de lutas, competição e amuos;
um rival – e isso leva a que a criança sinta que “apesar de o bebé ser estupendo” se calhar estaria melhor sem ele. Os ciúmes, a frustração de pensar ter sido trocado por outro, o medo do abandono, são sentimentos que causam uma enorme instabilidade e o desejo de ver o mano ir embora;
um amigo – que lhe trouxe “aquele” presente, que ele há tanto desejava – como é que ele soube? Como é que ele teve tempo de procurar?
um filho dos pais – e se os pais são amados e respeitados, com uma fidelidade e entrega total, se os pais são as pessoas em quem a criança acredita e que sabe que nunca o iriam trair, então um “filho dos pais”, por maior perplexidade que possa causar, não pode ser uma coisa inteiramente má. E se os pais o amam, a criança descobre que também o ama, mesmo que às vezes lhe apeteça deitá-lo fora;
o seu futuro filho – uma criança começa a pensar e a fantasiar os seus futuros filhos a partir de cerca dos 18 meses de idade. A chegada de um bebé a casa é muito melhor do que um boneco, mesmo daqueles que choram e fazem xixi. É uma aproximação muito grande à realidade, e o irmão representa também um filho... ou seja, um simulacro ou uma antevisão do vosso neto. Daí o interesse em dar-lhe banho, pegar-lhe, dar-lhe leite;
uma experiência científica – “tem dedinhos, e pilinha (ou pipi), e faz xixi e cocó”. Todos os dias o bebé revela novas facetas e o irmão, como um cientista numa experiência, vai analisando e descobrindo, e vendo que, afinal, o bebé até tem a sua graça;
o seu próprio passado – uma criança não se lembra dos seus primeiros anos, mas – sobretudo numa altura de insegurança – quer ver como é que “eles tratam dos bebés lá em casa”, para ver como é que foi tratado também. Se adoram os bebés e lhes fazem bem e tratam deles, então é muito provável que tenham feito o mesmo consigo. E se o fizeram consigo não vão, certamente, abandoná-lo depois de tanto investimento.

São múltiplas as personagens e diferentes os papéis. E tentem entender isso quando o vosso filho mais velho vos estiver a causar alguma perplexidade. Não digam, por favor: “ele agora está mau”, ou “afinal passou tudo bem”. Terá momentos, conforme o papel que representar e as roupagens que vestir.


A reposição da normalidade


Com o tempo a criança verá que a rotina continua e que ninguém a abandona. Haverá momentos de maior stresse, quando há atrasos a ir buscar, quando as suas expectativas parecem ser defraudadas – é preciso muito cuidado em ter a certeza, por exemplo, que quando nos deslocamos numa fila de uma pastelaria ou nos corredores de um supermercado, as crianças continuam a ver-nos. O nosso desaparecimento, mesmo que por instantes, designadamente em locais públicos, pode ser vivido como um filme de terror.

Devagar, com tempo, dar-se-á a habituação à existência e permanência do bebé, e a força dos sentimentos mais negativos será, a pouco e pouco, substituída pela força dos sentimentos apelativos.

Claro que irmãos são como cão e gato. Não podem passar uns sem os outros, preocupam-se e acodem-se mais tarde nas situações graves, mas discutem por tudo e por nada, dizem coisas que não diriam a ninguém e, no caso de crianças, terão momentos em que estão pegados e se insultam. O amor fraternal é assim: transparente, sem cerimónias mas intenso.


O IRMÃO DO MEIO


“Síndroma da sanduíche”, “síndroma da mortadela”, vários são os termos que bem descrevem o que pode acontecer ao irmão do meio.

Quando nasce um terceiro filho, o mais velho tem tendência a crescer e a tornar-se num “capataz” dos pais. Se quando nasceu o segundo isso pode não ter sido fácil, geralmente com o nascimento do terceiro o mais velho percebe que tem um espaço enorme de crescimento – mais, sente que isso será muito bem visto pelos pais -, e que andar para trás seria uma opção difícil e ingloriosa, tendo que “lutar” contra dois.

O do meio, contudo, sente-se ensanduichado, embora a reacção possa ter muito a ver com a idade, com o sexo das várias crianças, do papel que ocupa no ecossistema familiar, etc.

Se o que foi escrito antes vale também para este, o espaço de crescimento é pequeno, dado que, para a frente, há sempre o mais velho a fazer uma barreira intransponível. Se se olha para trás ver-se-á o bebé a avançar. Que fazer?

É nestas alturas que a criança se sente mal e se volta para os pais, seus protectores fazendo-o por vezes de uma forma atabalhoada ou imperceptível. Se os pais não estiverem alerta pensarão que “está numa fase de muitas birras” ou que “está a tentar dar nas vistas”.

E é também a altura em que os pais – mesmo com as dificuldades de tempo e de gestão do mesmo – devem arranjar momentos e coisas que simbolizem o facto (indesmentível) de cada filho ser único e insubstituível. Um pequeno programa a sós com ele poderá servir de airbag para alguns dias.

SE POR ACASO FOR À MATERNIDADE…

Se por acaso a criança for à maternidade, então dever-se-á explicar que a casa onde se têm bebés, que é uma casa como a nossa (deveria na realidade ser muito semelhante) está fechada para obras e que por isso a mãe teve que ir para ali, mas que não está doente... foi tudo por causa das tais obras.

Antes da enfermeira ou da auxiliar entrarem a anunciar que “senhoras visitas e meninos têm que sair”, o pai pode dizer à criança algo como: “olha, não sei o que tu pensas, mas eu estou farto de estar aqui. Está calor, não se faz nada, apetecia-me imenso ir comer um gelado e se calhar comer um hamburger. Alinhas nisso?”. “E a mãe?” “A mãe não pode, olha quem fica a perder é ela, mas a gente depois amanhã traz-lhe um bocadinho para ela não ficar gulosa”. Isto não é mentir, é contar a verdade de uma forma leve e sem angústia.

Depois de sair, e se a criança quiser regressar, dizer “olha, eu estou cheio de sono e se calhar devíamos ir para casa, eu vou contar-te umas histórias e amanhã, cheios de genica, voltamos lá. Não achas que era um bom plano?”.

Por outro lado, é de incentivar que, no dia da alta, a criança vá buscar a mãe e o irmão à maternidade.


Pais e filhos

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A crise dos dois anos de idade


Por volta dos dois anos de idade a criança entra em uma fase conhecida como adolescência do bebê, ou terrible twos, em inglês. É quando começam as frequentes crises de birras e malcriações sempre que sua vontade é contrariada.
Mesmo os mais bonzinhos e tranquilos surpreendem os pais com ataques de choro e gritos, se jogam no chão, agridem os amigos, batem a cabeça na parede, mordem, beliscam e dizem “não” a tudo que lhes é pedido. Saiba mais!

Agressividade na infância: Até que ponto é normal?



Fragilidade e insegurança. Esses são os dois principais motivos que ocasionam comportamentos agressivos por parte das crianças, podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras pessoas. Situações como o nascimento de um novo bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algum parente próximo contribuem para a mudança repentina na maneira de agir do filho.

"As crianças são totalmente emocionais e pouco racionais. Por não saberem lidar com alguns sentimentos, podem expressá-las por meio de atos agressivos", explica a especialista em psicologia clínica para crianças e adolescentes, Keila Gonçalves.

Sabe-se, no entanto, que a agressividade não é um traço de personalidade. Se seu filho está agressivo, certamente ele está sendo influenciado pelo cotidiano familiar e, em menor escala, por fatores externos, como a televisão, amizades, entre outros.

Segundo Keila Gonçalves, os pais devem ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras se tornam prolongadas. "Algumas vezes, as crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente, ou seja, parecem estar sempre provocando situações de briga. Este é o momento de entrar em ação".

Observar muito bem cada atitude e manter o diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa o problema. Muitas vezes, o pequeno da família pode estar vivendo situações de conflito, seja em casa ou na escola, que o faça desempenhar algum tipo de papel, agredindo e deixando-se agredir, como conseqüência desta dinâmica em que pode estar inserido.

O comportamento hostil geralmente se origina por inúmeras razões: dificuldade de relacionamento com outras crianças; algum tipo de abuso ou humilhação por parte dos adultos; pais que evitam dizer “não” quando necessário (podendo transformar em uma criança possessiva) ou excesso de cobrança.

Nesses casos, a criança precisa de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente assisti-la, por meio de muita observação e diálogo, para que se possa interromper esse ciclo de violência. É recomendada a ajuda de um especialista, que orientará os pais sobre a maneira correta de proceder.

Outra medida importante é a relação de cumplicidade entre a família e a escola. Saber sobre o comportamento do seu filho fora de casa e informar a educadora sobre os problemas percebidos podem ser fundamentais. "Muitas vezes, há uma melhora sensível quando a criança percebe que seus pais enxergaram o problema", revela a psicóloga. Como se percebe, o afeto é o caminho mais tranqüilo e menos doloroso para arrancar a tensão de dentro do seu querido. Basta saber usá-lo.





segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dicas para motivar as crianças ao hábito de leitura






Estudos mostram que, quanto mais as crianças lêem, melhores alunos, ouvintes, leitores e escritores elas se tornam.

Nossa compreensão das coisas, isto é, a capacidade individual de assimilar conhecimento, seja na área profissional, seja para a vida pessoal, a maioria dessas coisas depende da leitura.

E compreender também nos capacita a saber interpretar os fatos, o que nos leva a ter uma boa expressão oral, saber concatenar ideias, ter criatividade, boa autoestima e autoconfiança, capacidade de solucionar problemas, melhora da cognição.

Mas, o que podemos fazer para motivar nossas crianças ao regular gosto pela leitura?

Como pais e educadores sabemos quanto a leitura é importante e como ficamos frustrados quando nossas crianças não mostram disposição ou interesse em ler alguma coisa.

Muitas influências na vida das crianças são absolutamente contrárias a essa prática, tais como, televisão, computador, vídeo games, e mesmo as tarefas da escola que são feitas em casa.

Mas, encontrar um meio de incorporar o hábito da leitura e escrita nas atividades do dia a dia delas, pode até não ser tão difícil quanto parece.

Eis algumas ideias simples que podem ser aplicadas à todas as faixas etárias, a qualquer tempo:

  • Aprenda mais sobre os interesses de suas crianças. Desse modo você pode lhe sugerir livros, artigos ou periódicos que abordam esses assuntos.
  • Além disso, acabará por tornar-se um amigo confidente, já que compartilha dos seus interesses;
  • Alguns bons filmes são excelentes pontos de partida para motivar a leitura. Depois de assistir um filme, por exemplo, baseado num livro ou conto, as crianças podem naturalmente ficarem motivadas para ler esse livro ou conto.
  • Nada como fazer comentários sobre detalhes relevantes que elas desconhecem, de modo a aumentar sua curiosidade a respeito do assunto.
  • Algumas viagens ou passeios podem motivar à leitura, e ter em mãos livros ou periódicos que falem do lugar a ser visitado pela família, pode despertar o interesse das crianças;
  • Fazer comentários sobre lugares e situações já vivenciadas ajudam a despertar um maior interesse pela coisa;
  • Tenha sempre em casa livros e revistas para leitura, especialmente as publicações de notícias semanais;
  • Tenha por hábito comentar, sempre que alguma notícia de destaque chegue aos ouvidos de todos, que "tal" publicação tem informações complementares e esclarecedoras sobre o assunto;
  • Pergunte-lhes se não se interessam em ganhar de presente a assinatura de uma revista qualquer;
  • Mostre-lhes folhetos sobre as mesmas, explique o que contém cada uma delas. Inicialmente não é preciso lhes dizer quais são os benefícios que terão com a leitura, pois o importante é primeiro criar o gosto pela coisa;
  • Descubra se alguma publicação é do interesse delas, invista nisso;

  • Leia livros com as crianças. Crianças de qualquer idade ficarão motivadas ao perceberem que possuem a mesma preferência e interesse dos pais;
  • Seja você mesmo uma espécie de modelo da causa – deixe que elas vejam claramente o que você está lendo;
  • Quando estiver lendo na presença delas, demonstre através de gestos o quão satisfatório é aquele ato em si;
  • Experimente realizar atividades relacionadas, isto é, baseadas na temática dos livros. Existem dezenas de títulos cujos conteúdos sugerem a realização de tarefas ou atividades de vários tipos;
Desse modo, além da leitura, ainda se beneficiarão ao aprenderem com o processo de seguir as orientações, que serão transformadas em atividades.

Mundo simples

Elas chegaram agora junto de ti...



Elas chegaram agora junto de ti.

Elas pensavam que o mundo cabia inteiro nas paredes da sua casa, e que quem lá vivia eram os seus únicos habitantes. Terás de mostrar-lhes que não é verdade .

Elas têm poucas palavras para nomear o que as rodeia. Terás de as ajudar a encontrar as que faltam.

Elas vão ver o mundo com as cores que tu puseres em cada som e em cada gesto.

Elas vão olhar para ti, aprender o teu nome, chamar-te por tudo e por nada, geralmente por nada. Que é sempre tudo.

Vais mostrar-lhes como se vive com os outros, como se aceita quem não é igual a nós, tal como se aceita um desenho pintado com todas as cores do arco-íris.

Vais aprender a que ter de lhes dizer muitas vezes “não”, sem te deixares levar pelo seu beicinho irresistível.

Mas vais também dizer-lhes muitas vezes “sim” e sentir que é para ti que elas sorriem e estendem as mãos.

Vais levá-las ao jardim quando há sol, vais empurrar baloiços que chegam ao céu, vais assoar narizes cem vezes ao dia, vais fazê-las aprender a gostar de sopa, vais ler-lhes histórias e ensinar-lhes que todas as meninas têm direito a ser princesas e todos os meninos têm direito de ser piratas das Caraíbas.

Elas levam-te nos olhos quando à tarde as vêm buscar. E esperas que te levem também no coração.

Elas vão acreditar em ti como acreditam nas fadas e no Pai Natal.

Elas vão pôr-te os nervos à flor da pele e fazer-te esquecer, por vezes, o que aprendeste, e perder a paciência que sempre julgaste inesgotável.

Elas vão-te fazer suspirar pela hora de regresso a casa, vão fazer-te levar muitas vezes as mãos à cabeça e proferir intimamente palavras impronunciáveis. Porque elas são crianças. E porque tu és humana.

Resumindo: Elas vão fazer-te feliz para o resto da tua vida.

Alice Vieira

Dislexia



O que é?

“(…) Dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura que resulta lenta, silabada ou com erros, e que não pode ser explicada por ensino deficiente, défice cognitivo ou razões socioculturais.”

“As pessoas com Dislexia têm dificuldade na consciência fonológica, isto é, em compreender que as palavras são divisíveis ou compostas por sons (fonemas), como peças de uma construção, e que essas peças são utilizadas na estrutura de novas palavras (…). O desenvolvimento da consciência fonológica é muito importante na aprendizagem da leitura e da escrita, e é formada antes de as crianças inciarem a escolaridade, através das brincadeiras da linguagem, como versos e rimas, trocadilhos, cantigas e lengalengas (…). Quando uma criança lê tem de estabelecer a relação entre uns gatafunhos arbitários – as letras – e os sons que lhe correspondem. Isto nem sempre é facil: a letra «c» tem um valor diferente em «cedo» e «casa», e é substituída por «s» em «sedo» ou por «q» em «quarto». Por seu turno «s» tem o valor de «x» em espontâneo», e este de «z» em «exacto» (…).”


Mais inclusão

O autismo é...


- um problema neurológico ou cerebral que se caracteriza por um decréscimo da comunicação e das interacções sociais;

- uma desordem psiquiátrica em que o indivíduo se recolhe dentro de si próprio, não responde a factores externos e exibe indiferença relativamente a outros indivíduos ou a acontecimentos exteriores a ele mesmo. (New LexiconWebster's Encyclopedic Dictionary - 1991);

-uma desordem desenvolvimental vitalícia com perturbações em "competências físicas, sociais e de linguagem". (Sociedade Americana de Autismo);

-uma deficiência mental específica que afecta qualitativamente as interacções sociais recíprocas, a comunicação não-verbal e a verbal, a actividade imaginativa e se expressa através de um repertório restrito de actividades e de interesses.(Frith, U. 1989);

Desde a década de 40 até aos anos 60, de modo geral, acreditava-se que um indivíduo autista tinha o desejo consciente de não participar em qualquer interacção social. Actualmente, porém, sabe-se que tal isolamento não resulta de qualquer desejo ou vontade consciente e ocorre, pelo contrário, na sequência de alterações neurológicas e bioquímicas que têm lugar no cérebro.
Ainda são desconhecidas as causas para o Autismos.

Nem todos os autistas apresentam as várias características a seguir apresentadas. No entanto, as que se seguem são consideradas características típicas do autismo.

Características:

-dificuldades quanto ao relacionamento com pessoas, objectos ou eventos;
- incapacidade de estabelecer interacções sociais com outras crianças;
- incapacidade de ter consciência dos outros;
- contacto visual difícil sendo normalmente evitado;
- incapacidade para receber afectividade;
- intolerância a contactos físicos;
- dependência de rotinas e resistência à mudança;
- comportamentos compulsivos;
- comportamentos que produzem danos físicos próprios, como bater persistentemente com a cabeça;
- acessos de raiva, muitas vezes sem razão aparente;
- competências comunicativas verbais e não-verbais severamente afectadas;
- incapacidade para comunicar com gestos ou palavras,
- vocalizações não relacionadas com a fala;
- repetição de palavras proferidas por outros (ecolalia),
hiper ou hipossensibilidade a vários estímulos sensoriais.

No mundo das crianças

Trissomia 21- Síndrome de Down




A Trissomia 21 ou Síndrome de Down é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossoma 21 extra total ou parcialmente.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.

Características
- Hipotonia;
- Abertura das pálpebras inclinada com a parte externa mais elevadas;
- Olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras;
- Membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protrusa;
- Prega única na palma da mão;
- Entre outros que variam de criança para criança.


No mundo das crianças

A criança surda






A criança surda sofre de uma alteração grave numa das mais importantes condições da vida humana - a COMUNICAÇÃO.



Da mesma forma que a criança ouvinte adquire a língua oral também a criança surda aprende a língua gestual se a ela tiver acesso. O ensino da Língua Gestual Portuguesa, o mais precoce possível, possibilita a comunicação e o desenvolvimento global da criança surda, potencializando as suas capacidades cognitivas.
Mas de que serve a criança surda ter o domínio da LGP se a família, os amigos, os colegas da escola e os professores não aprenderem essa língua?


Por outro lado, sabemos que é muito mais difícil para um ouvinte adquirir competências em LGP do que para uma criança surda, mas é urgente que façamos algum esforço para a aprender!
Enquanto isso, deixo algumas RECOMENDAÇÕES para melhorar e simplificar a comunicação com a criança surda.


- Falar claramente, movimentando bem a boca e pronunciando bem cada palavra, mas sem exagerar.
- Falar em ritmo normal, salvo quando for solicitado a fazê-lo mais devagar.
- Falar com tom normal de voz, gritar não adianta.
- Como a criança surda não pode ouvir as mudanças subtis no tom de voz do seu interlocutor, indicando sarcasmo ou seriedade, ela fará a leitura das expressões faciais, dos gestos ou movimentos do corpo para entender o que quer comunicar-lhe.
- Manter o contacto visual, enquanto durar a conversação, pois o simples desviar do olhar pode dar a entender-lhe que a conversa já terminou.

RECOMENDAÇÕES mais específicas para professores:

- A criança surda necessita de apoio técnico específico.
- A sala de aulas deve ter uma boa iluminação.
- O educador deve evitar passear pela sala enquanto explica ou questiona as crianças em particular. Deverá falar de forma que o seu rosto seja bem percepcionado.
- O recurso diário a materiais didácticos (grafovisuais) construídos para o efeito ou adaptados é uma necessidade permanente.

No mundo das crianças

domingo, 10 de agosto de 2014

A conquista da autonomia



A conquista da autonomia pela criança é um processo natural e esperado. Mas muitos pais são atingidos por sentimentos ambivalentes de orgulho e perda. Reconhecê-los é meio caminho andado para a ajudar a crescer.



Sete da manhã e os minutos a passarem mais depressa que o costume. E é então que a criança lá de casa decide que não precisa de ninguém para se vestir, calçar, tomar o pequeno-almoço e lavar os dentes. E uma missão que o pai ou a mãe despacham em pouco tempo parece eternizar-se, enquanto o atraso se instala em definitivo. Se, por acaso, é oferecida ajuda – ou se a paciência se esgota e os ténis são mesmo calçados pelo adulto mais à mão – o resultado é, provavelmente, uma birra monumental, que adia ainda mais a saída de casa. 
Reconhece o cenário? Pois é. Chega a altura em que a criança que, até então, permitia – mais ou menos docilmente – que outros cuidassem dela decide que já é capaz e quer fazer tudo sozinha. Habitualmente, a chegada a este patamar dá-se por volta dos dois anos e corresponde à aquisição de várias ferramentas: cognitivas, comportamentais e emocionais. «Um dos aspetos essenciais para o ganho de autonomia é a motricidade fina», afirma a psicóloga clínica Madalena Resende. Ou seja, quando apertar ou desapertar um botão, pegar com firmeza numa colher ou calçar um sapato já não tem segredos, é mais que natural que a criança ache que já não necessita de ajuda, mesmo se parece demorar muito tempo. Ora quando esse tempo escasseia, os adultos caem muitas vezes na tentação de se sobrepor e ‘ajudá-la’. Para Madalena Resende, há que resistir. «É muito importante que a criança sinta que, se não conseguir, os pais não só não a vão recriminar como a vão ajudar, na altura em que ela precisar. Porém, isso é muito diferente de se sentir constantemente reprimida nos seus esforços de autonomia. Saber que os pais, ou outros adultos de referência, confiam nas suas capacidades reforça o sentimento de capacitação e de pertença àquela família ou grupo social.»
Naturalmente que acolher os esforços de autonomia de uma criança pequena está longe de permitir que ela faça tudo o que lhe apetece. «As capacidades de autorregulação são, nesta fase, bastante primitivas e é evidente que o filtro adulto tem de estar sempre presente. Não se vai deixar um bebé de dois anos empoleirar-se num sítio alto ou mexer nos bicos do fogão só porque ele quer experimentar». Por outras palavras, traçar limites é essencial não só por uma questão de segurança mas também porque «ao tornar claras regras e limitações, em suma, a autoridade, transmitem-se fronteiras no interior das quais a autonomia pode florescer. É importante que a criança saiba desde logo que, se passar determinados limites, haverá consequências».


Pais e filhos

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quando as crianças mentem




Todos os anos, neste preciso mês, há um dia em que podemos inventar partidas sem que os outros levem a mal. Quase toda a gente adere a esta brincadeira, inclusive a imprensa, uma vez que até os telejornais colocam uma notícia fictícia. Certo é que no outro dia volta tudo à normalidade, com a reposição da verdade. Contudo, existem pessoas para as quais a mentira é um ato banal. Mentem para se livrar de situações constrangedoras, mentem para dar uma imagem de si próprias diferente da realidade, mentem porque se habituaram a fazê-lo e não sabem como parar. Este tipo de situação já se insere no quadro da patologia, o que não é o caso da mentira dita por uma criança. Existe, então, uma clara distinção entre a mentira infantil e a mentira do adulto. Considera-se que uma pessoa mentiu quando há a intenção clara de ludibriar, já que a noção de mentira pressupõe a existência de intencionalidade e é aqui que existe a grande diferença entre a mentira dita por uma criança e por um adulto. Muitas mentiras surgem impulsionadas pelos atos dos adultos. Quantas vezes já pedimos a uma criança, que mentisse de modo a evitarmos um telefonema desagradável? A situação ultrapassa-se, e pensamos que ela tem capacidade de compreender que aquela mentira surgiu com um objetivo específico, que não é para generalizar. O problema reside no facto de a aprendizagem

Pais e filhos

Porque é que as crianças mordem?




Mais do que ser uma questão colocada é uma situação pouco fácil de lidar, tanto pelos pais como pelos educadores. Os pais porque é muito doloroso receber os seus filhos com mordidelas, os educadores porque se sentem impotentes na maior parte das vezes, pois não conseguem impedir que estas situações aconteçam.

É importante saber e pensar no porquê das crianças se morderem. Será agressividade? Será uma forma de expressão? Será um mau sentimento?
A criança normalmente morde para experimentar, para investigar os elementos físicos, como a sua textura, se as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem? A sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro, na medida em que morder proporciona alívio e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio, o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amigo que mordeu, a reprovação do adulto, ou seja quando a criança morde, está simplesmente a procurar conhecer o mundo que a rodeia, não é, é da melhor forma, mas é a forma mais fácil que a criança encontra.
É claro que, esta é uma das primeiras fases de quando a criança morde, quando esta fase passa, algumas crianças podem continuar a querer e a ter a necessidade de morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para "testar" o meio ambiente, podendo ser por uma disputa de atenção, ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: a criança facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, mas sim o último recurso que a criança encontra para resolver uma situação.
Cabe ao educador, planear acções e estratégias no sentido de fazer com que as criança reflictam na sua atitude e sobre a questão de morder, para que com o passar do tempo a criança encontre alternativas. É uma situação temporária, mais tarde ou mais cedo a criança deixa de o fazer, mas é preciso que o adulto lhe mostrar que está errado, utilizando sempre um NÃO firme, fazendo-o ver que morder não é a solução.
Colégio Santiago