quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quando as crianças mentem




Todos os anos, neste preciso mês, há um dia em que podemos inventar partidas sem que os outros levem a mal. Quase toda a gente adere a esta brincadeira, inclusive a imprensa, uma vez que até os telejornais colocam uma notícia fictícia. Certo é que no outro dia volta tudo à normalidade, com a reposição da verdade. Contudo, existem pessoas para as quais a mentira é um ato banal. Mentem para se livrar de situações constrangedoras, mentem para dar uma imagem de si próprias diferente da realidade, mentem porque se habituaram a fazê-lo e não sabem como parar. Este tipo de situação já se insere no quadro da patologia, o que não é o caso da mentira dita por uma criança. Existe, então, uma clara distinção entre a mentira infantil e a mentira do adulto. Considera-se que uma pessoa mentiu quando há a intenção clara de ludibriar, já que a noção de mentira pressupõe a existência de intencionalidade e é aqui que existe a grande diferença entre a mentira dita por uma criança e por um adulto. Muitas mentiras surgem impulsionadas pelos atos dos adultos. Quantas vezes já pedimos a uma criança, que mentisse de modo a evitarmos um telefonema desagradável? A situação ultrapassa-se, e pensamos que ela tem capacidade de compreender que aquela mentira surgiu com um objetivo específico, que não é para generalizar. O problema reside no facto de a aprendizagem

Pais e filhos