Seja biológico, adotivo, gémeo ou até o amigo que é quase irmão, não importa. O que é importante é incentivar a cumplicidade entre eles.
Vai ser complicado ver as discussões, ouvir os gritos, apartar as brigas, mas a recompensa virá quando chegar a casa e encontrar os seus filhos a brincar juntos. Ou ao perceber aquele olhar de cumplicidade entre eles quando fazem algo que não deveriam. Se ter um irmão é um ensaio para a vida, é natural que haja altos e baixos. E há também espaço para uma variedade de sentimentos, da admiração à inveja. A convivência é uma oportunidade para errar, testar o limite do outro, aprender a ter paciência, a admirar, a se frustrar e a amar. Este, aliás, é o desejo de todos os pais em relação aos seus filhos.
Esta companhia tem muitas funções. É com os irmãos que a criança tem mais oportunidade de aprender a socializar e enfrentar o mundo, enquanto os pais ficam com a tarefa de transmitir valores. Ou seja: no quotidiano, eles prestam atenção no que o outro está a fazer, na experiência vivida, no exemplo a ser seguido. Cabe aos pais a orientação mais ampla, a direção dos caminhos, a formar carácter. E com o irmão, por exemplo, a criança aprende a enfrentar melhor os primeiros dias na escola, a andar de bicicleta, a desenhar um cão «daquela» maneira... E não importa a ordem de nascimento: mais novo, do meio ou primogénito, todos aprendem uns com os outros.
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