quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Porque é que as crianças mordem?




Mais do que ser uma questão colocada é uma situação pouco fácil de lidar, tanto pelos pais como pelos educadores. Os pais porque é muito doloroso receber os seus filhos com mordidelas, os educadores porque se sentem impotentes na maior parte das vezes, pois não conseguem impedir que estas situações aconteçam.

É importante saber e pensar no porquê das crianças se morderem. Será agressividade? Será uma forma de expressão? Será um mau sentimento?
A criança normalmente morde para experimentar, para investigar os elementos físicos, como a sua textura, se as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem? A sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro, na medida em que morder proporciona alívio e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio, o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amigo que mordeu, a reprovação do adulto, ou seja quando a criança morde, está simplesmente a procurar conhecer o mundo que a rodeia, não é, é da melhor forma, mas é a forma mais fácil que a criança encontra.
É claro que, esta é uma das primeiras fases de quando a criança morde, quando esta fase passa, algumas crianças podem continuar a querer e a ter a necessidade de morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para "testar" o meio ambiente, podendo ser por uma disputa de atenção, ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: a criança facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, mas sim o último recurso que a criança encontra para resolver uma situação.
Cabe ao educador, planear acções e estratégias no sentido de fazer com que as criança reflictam na sua atitude e sobre a questão de morder, para que com o passar do tempo a criança encontre alternativas. É uma situação temporária, mais tarde ou mais cedo a criança deixa de o fazer, mas é preciso que o adulto lhe mostrar que está errado, utilizando sempre um NÃO firme, fazendo-o ver que morder não é a solução.
Colégio Santiago