- É o centro do seu próprio universo. Egocêntrica;
- Sabe tudo e quer tudo; e quer fazer tudo à sua maneira;
- É dominadora, obstinada e agressiva;
- Emocionalmente é excitável e desafiadora;
- Eticamente é pouco apta, devido à sua fase evolutiva, que lhe imprime a tentação de enganar, o que é mais notório no campo dos jogos;
- Aceita a culpa com mais facilidade em coisas grandes do que pequenas;
- Anseia o elogio e a aprovação;
- Reage lenta ou negativamente quanto a uma ordem, mas passado um bocado talvez a ponha em prática espontaneamente, como se se tratasse de ideia sua;
- Possui dificuldade para decidir, vacila entre duas possibilidades;
- Gosta de possuir grande numero de coisas mas não as cuida;
- Possui um débil sentido da propriedade alheia, de modo que pega no que vê e deseja, independentemente de quem seja o proprietário;
- Tem certa irresponsabilidade;
- Está em plena adaptação a dois mundos: o de sua casa que lhe exige novas responsabilidades e o do colégio com todas as suas estruturas,. regras, etc;
- Começa a ver-se e a conhecer-se a si própria; assim firma as bases para a sua autovalorização que culminará e amadurecerá nos 7 e 8 anos;
- Capta mais coisas do que o que na realidade pode manejar;
- Toca, mexe e explora todos os materiais;
- As suas manifestações tensionais ou descargas chegam por vezes a um ponto limite, chegando por vezes a criança a perder o controlo;
- Além destas manifestações limites, dão-se também descargas de energia por outras vias: agitação, roer as unhas, etc..
- Deseja e precisa de ser a primeira, a mais querida,
- Agrada-lhe contar histórias exageradas;
- Dá verdadeiro interesse ao valor do dinheiro, como ganho e recompensa;
- Tem medo dos ruídos, essencialmente aos elementos da natureza (chuva, trovão) assim como aos seres humanos e fantasmas;
- Adora o elogio e não tolera a crítica;
- Tem noção do bom e do mau, mas rudimentar, pois a relaciona ainda muito com actividades aprovadas ou desaprovadas pelos pais.
- É extremamente dominante em relação às coisas que lhe pertencem.
- .Gosta do professor e quer agradar-lhe. Quer o seu elogio, a sua atenção e ajuda.
- Instintivamente, identifica-se com tudo o que sucede e está à sua volta, pelo que está capacitada para interiorizar novos conhecimentos e novas experiências pessoais e culturais.
- A mentalidade comum dos 6 anos não está ainda preparada para uma instrução formal da leitura, escrita e aritmética. Só é possível tornar vivos estes capítulos associando-os com experiências vitais.
- Os seus desenhos espontâneos são mais realistas. Capta o simples e o primitivo da natureza (casa, árvore, etc.).
- Começa nela o processo de se cultivar. Já não se limita a reproduzir a cultura, mas faz uma nova apreciação de si mesma e reorganiza-se em relação a esta cultura.
- Deseja seriamente estudar, apesar dos seus altos e baixos.
7 ANOS
- É mais consciente de si própria e está mais absorvida em si mesma. Aparenta viver “noutro mundo”. Parece não ouvir o que se lhe manda. Está a tomar-se introvertida;
- Desenvolve-se nela o sentido ético (distinção entre o bem e o mal), já não só nela, mas também nos outros;
- Concretiza e interioriza mais a sua estrutura de espaço e tempo;
- Medita mais antes de actuar pois é mais prudente, mais deliberativa (não medrosa).
- Costuma aguentar o choro;
- É sensível ao elogio e à crítica. Não sabe aceitar cumprimentos e não se tranquiliza quando é elogiada;
- Anseia por agradar; tem consideração pelos outros;
- Tem conduta menos agressiva. Poucos acessos de cólera e menos oposição às ordens.
- Teme as situações novas que lhe costumam aparecer na escola;
- Tem menos pesadelos. É a figura central dos seus sonhos;
- Aumenta o interesse pelo dinheiro, e muitas pensam em economizar.
- Quer responsabilidade, especialmente na escola, mas preocupa-se com a ideia de não poder portar-se correctamente;
- Deseja acabar uma tarefa já começada, mas não repara na sua capacidade para o fazer;
- Tem tendência a esperar muito dela própria;
- É boa ouvinte; centrou a sua atenção pelo que está aberta a novos conhecimentos;
- Preocupa-a a ideia de chegar tarde à escola e de não acabar os seus trabalhos;
- Precisa duma palavra do professor para começar a mais simples tarefa;
- Exige com impaciência a atenção e ajuda do professor;
- Tende a procurar carinho no professor;
- Tem no mundo do colégio o mundo dos seus amigos;
- Atitude das pessoas que a rodeiam e a formam;
- A mãe deve reconhecer e compreender o carácter passageiro desta conduta tão extremosa e agressiva da criança de 6 e 7 anos; deste modo a criança tomar-se-á mais dócil. O castigo nestes momentos não serve de nada. A criança terá com isto um arrependimento momentâneo mas a sua conduta não melhorará;
- É uma criança que precisa de afecto e carinho constante: e está uma fase de ajustamento pessoal e social e todo o ajustamento leva implícito uma crise. E agora que o pai desempenha um papel importante: deve preocupar-se com ele, pedir-lhe ajuda em tarefas simples; viverem juntos os momentos de ócio, etc..
- É também importante o papel do professor, que não substitui nem pouco mais ou menos a mãe, mas reforça, com um sentimento de maior segurança;
- Há que dar-lhe responsabilidades de acordo com as suas possibilidades;
- É necessária uma relação mútua e forte entre a família e a escola, sobretudo nesta idade. É conveniente que pais e professor mantenham uma relação estreita, para conhecer o comportamento na escola.
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